O Poder de decidir


No próximo dia 27 de Setembro, processa-se mais um sufrágio eleitoral, visando eleger os Deputados que compõem a Assembleia da República. É pois um momento muito sensível da nossa Democracia. O resultado dessa votação irá condicionar os destinos do nosso país nos próximos quatro anos. Mas esses quatro anos podem implicar muitos mais, atendendo à política e decisões que vierem a ser tomadas. É comum ouvir falar que determinada opção irá endividar os Portugueses até 2020, 2030 etc.…. Mas também podemos analisar o impacto dos sucessivos Governos, ao longo destes 35 anos de Democracia, de forma inversa, ou seja, pelo atraso que Portugal tem em relação à média de desenvolvimento dos Países Europeus. É comum dizer-se que Portugal apresenta um atraso de 40 anos em relação em relação à Europa. Por tudo isto, penso que é hora de mudar alguma coisa no nosso panorama político. Basta!


Os Sucessivos governos alternados entre PS e PSD, já demonstraram a total ineficácia das suas ideologias (se é que existe aplicação de qualquer ideologia nas politicas de governação daqueles partidos). Por isso já vai sendo hora, de os Portugueses olharem para aqueles que se disponibilizam para dignificar a democracia em Portugal, sem que de alguma forma tenham podido intervir activamente nos destinos de Portugal.

O PS e o PSD só sabem governar com Maiorias Absolutas. No meu entender, em Portugal, esse modelo já mostrou ser totalmente errado. Uma Maioria Absoluta é apenas uma espécie de Ditadura Institucional, anuída pelo povo. De que vale ter 230 deputados com assento na assembleia da República, quando só os de uma cor partidária são quem decide tudo? No meu entender, todos os outros estão a fazer figura de corpo presente e a justificar uma democracia que não existe. Basta!


Acho uma certa piada (embora a situação não seja de rir), quando me falam em ideologias Politicas. Mas ainda alguém acredita que este Governo do PS, liderado pelo Sr. Sócrates, seja Socialista? Onde estão as políticas de carácter Social? Em Portugal, de ano para ano, os Ricos estão cada vez mais ricos e os Pobres cada vez mais pobres. A concentração da riqueza faz-se numa percentagem da população, cada vez mais pequena. Crescem o desemprego e as falências. Cada vez as pessoas têm mais dificuldade em aceder a cuidados de saúde e à educação. E que fazem os sucessivos governos? Ou dou-vos os exemplos: Para dar incentivo à criação de empregos nas regiões mais desfavorecidas, foram criadas zonas de excepção, onde as empresas podem pagar menos do que noutras zonas. Um exemplo disso é o distrito de Braga, onde os trabalhadores recebem menos salário, por funções mais bem remuneradas noutros distritos. Isto é um incentivo que só beneficia o Patronato e empobrece as pessoas, retirando-lhes direitos e poder de compra. As ditas reformas, executadas por este governo, assentaram sobretudo nos encerramentos. Encerraram Escolas, Maternidades e Postos de Saúde. A única finalidade desta acção, foi puramente tecnocrata. Mas estaremos nós a poupar realmente alguma coisa com este tipo de decisões, ou iremos pagá-las com juros num futuro próximo? Por outro lado o incentivo à iniciativa privada na área da saúde deixa antever o colapso do Serviço Nacional de Saúde. No futuro, só quem tiver dinheiro é que poderá aceder a cuidados de saúde. Num país cada vez mais pobre, nada disto faz sentido. Basta!


É comum ouvir-se falar muito na Europa e da importância de cedermos perante as exigências de Bruxelas. Que temos lucrado com isso? Temos recebido muitos fundos? Sim é verdade. E o que nos tem pedido que façamos com esses fundos? Eu digo. Temos deixado de produzir. Dão-nos dinheiro para não fazermos nada. Basta ver como está o nosso tecido empresarial, a nossa agricultura, as nossas pescas. E quando um dia nos deixarem de dar esmola? Devemos pertencer a uma Europa Global, por direito, e não porque outros assim entendem. Somos um país com séculos de História e devemos ser nós a dirigir os nossos destinos. Europa sim, mas não assim. Basta!


A nossa sociedade está a degradar-se de dia para dia. Um exemplo disso é a Justiça. Quem tem acesso aos melhores advogados consegue, senão provar a sua inocência, pelo menos consegue travar a sua acção, até à prescrição dos processos. Mais uma legislatura que passa e casos como a Casa Pia e Freeport, permanecem por concluir. Basta!


Será que vamos ter mais do mesmo, durante mais quatro penosos anos? Será que não há alternativa? Isso só depende de todos nós. Tentam meter-nos medo com a “instabilidade” que poderá advir de um governo de maioria relativa ou de coligação. Mas afinal que estabilidade conquistamos nós com sucessivas maiorias absolutas? E o que fazem os políticos em plena campanha eleitoral? Com a probabilidade de um governo de maioria relativa a acentuar-se, como demonstram as sondagens, insistem em pedir a maioria e clivam cada vez mais as incompatibilidades entre si. Mas a maior irresponsabilidade desta atitude, parte do PS e PSD. Não obstante terem desfrutado de maiorias absolutas nos últimos anos, ignorando a oposição, não tentam neste momento estabelecer uma base de entendimento com os partidos, ditos, mais pequenos. Penso que neste momento se deve, no mínimo, dar o benefício da dúvida a partidos como o PCP e BE, que nunca puderam pôr em acção as suas propostas. Enquanto as politicas do PS e PSD já se mostraram, por mais que uma vez, ineficazes.


Para terminar, em jeito de conclusão, gostava que visualizassem o vídeo em baixo. Penso que o conteúdo desse vídeo, ilustra bem aquilo em que o nosso país se tornou, não hoje, mas já à algum tempo. Neste caso, refere-se ao abuso de poder e manipulação de influências, dentro do PSD. Mas é assim um pouco por todo lado.


Pensem nisto….


Dia 27, não deixem de votar. Votem em consciência.

Viva a Democracia, viva Portugal



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