A Crise não é para todos.


A crise, segundo consta, chegou. É um facto. Mas também parece que há quem se esforce por desviar as atenções da crise. Freeport, Freeport e mais Freeport. Até parece que, desde que este “dossier” foi criado, em 2005, algo de novo foi acrescentado. Desenganem-se, o objectivo, parece-me a mim, é o de desviar as atenções dos problemas na economia e vitimizar o primeiro-ministro. É de novo a história do “coitadinho de mim”, celebrizada pelo senhor Santana Lopes. Não acreditam? Então acham que o processo está continuamente em investigações desde 2005? E durante este tempo todo não se descobriu mais nada? Não. Segundo parece, o processo é de novo notícia, porque os “Ingleses”, querem saber o que foi feito de certo e determinado valor em dinheiro. Ou seja, a justiça Portuguesa, anda a reboque, de caprichos de países terceiros. Por favor, chega! Quando houver novidades, avisem. Vamos mas é falar do que interessa.

Tal, como eu dizia, a crise chegou. O principal indicador, são os despedimentos em massa. Mas, na minha opinião, está a haver um aproveitamento para fazer uma verdadeira “limpeza ao balneário”. Que crise, justifica o despedimento de mais de uma centena de trabalhadores numa empresa? Estão bem a ver o que são mais de 100 trabalhadores? Será preciso tanto? Ora, se estamos em crise, a mesma deveria ser para todos. Só que as empresas transferem a crise, toda, para os trabalhadores. Uma empresa, deveria assumir uma redução nos lucros e despedir apenas o número estritamente necessário. Mas não. Vai tudo a eito. Não estarão, no fundo, a encobrir a incompetência da sua gestão, com a crise?

È hora de agir. Deixemo-nos de “Freeports” e vamos ao que interessa. É urgente tomar medidas para minimizar o descalabro. Da minha parte, aqui vai uma ideia. Se os despedimentos são mesmo inevitáveis, pois que assim seja. Mas deveria, desde já, ser criada uma base de dados, através dos centros de emprego, do número de pessoas que cada empresa está a despedir. No futuro, quando estas empresas, tiverem a necessidade de contratar mão-de-obra, deveriam ser prioritariamente readmitidas as pessoas despedidas, com as mesmas regalias que tinham então. O governo já veio dizer que irá aumentar o período dos subsídios aos desempregados. Muito bem. Mas também já disse que cada caso terá de ser analisado. Mais uma vez, vamos ter Portugueses de 1ª, de 2ª, 3ª….. Todas as pessoas que ficam sem emprego, tem as suas ambições condicionadas, independentemente da sua posição social. Mas o estado vai dizer SIM a uns e NÃO a outros. Numa altura como esta, medidas subjectivas e sem critério, são dispensáveis.

As vítimas desta crise, são vítimas de um sistema que as empurrou para um beco sem saída. Ao invés de aumentarem o poder de compra dos trabalhadores para revitalizar a economia, optaram pela cedência de crédito fácil. O resultado está bem á vista. A falência do sistema financeiro. Numa situação de crise e forte retracção, vai ser impossível absorver toda esta mão-de-obra, que está agora a ser desprezada. Por isso, este desemprego, irá agora sim, deprimir a economia e potenciar uma crise sem precedentes. Está assim criada, de forma perfeitamente artificial, a desculpa que faltava. No entanto, dinheiro para tapar os buracos, fruto de gestões verdadeiramente danosas, não falta.

Pensem nisto…..

Comentários

13 disse…
Ena o Sr Nuno tem um blog e não dizia a ninguém.
Gosto do conteúdo do teu blog e sinto que (tal como eu) encontras um espaço onde podes desabafar contigo mesmo, sendo o que escreves, a tua companhia.
Parabéns pelo blog, dá uma vista de olhos no nosso (Jorge, Tiago e uma amiga nossa) e um grande abraço dos sobreviventes da brandoa.
13 disse…
esqueci-me de mencionar uma coisa: o nosso blog está a anos-luz de distancia de ser um blog sério
=P

Mensagens populares deste blogue

Portugal na rota das redes de tráfico humano (imigração)

Basta de Fartar Vilanagem

Tratado de Lisboa